Sempre gostei de carnaval, principalmente das escolas de samba. Lembro que ainda na infância durante essa época do ano eu brincava de “mestre sala e porta bandeira” nas festas de família. E assim, mesmo nos períodos que morei longe de casa, o carnaval de alguma forma sempre esteve presente. Dalheim, Cádiz, La Pedrera, Rio de Janeiro, Belo Horizonte…
Quando estive fora, os estrangeiros sempre me perguntavam sobre o que viam na televisão e nas manchetes de jornais. Ficavam maravilhados com tamanha beleza e colorido na avenida. Na maioria da vezes, não faziam ideia do esforço dedicado para este único dia. O que eles mal sabiam é que o desfile era apenas a ponta do iceberg de uma longa história de esforço e dedicação.
Confesso que há tempos eu tinha essa curiosidade de conhecer e entender um pouco mais sobre os bastidores de uma escola de samba. Afinal, o som da bateria sempre me causou arrepios de alegria e por isso, resolvi escutar esse desejo de ir ver essa realidade… Por questões de afinidade e por ter um amigo super envolvido com tudo isso desde a adolescência (valeu, Rico!), escolhi a Protegidos da Princesa (gremiação de Florianópolis da comunidade do Mocotó).
A fotografia neste caso, serviu apenas de licença poética para mostrar a vida das pessoas que literalmente vivem o carnaval e “dão o sangue” para manter essa tradição da cultura popular brasileira. Sendo assim, minha intenção era produzir registros que fossem além do que acontece no dia do desfile, e sim algo mais artesanal, artístico e sentimental. Afinal, o que realmente move o folião?
Claro que devido a correria e as proporções que o carnaval da cidade tomou esse ano, não consegui conhecer e me envolver com as pessoas com a intensidade de que gostaria. Mas uma coisa é certa: não importa o que acontecer, o “sonho não pode acabar”. É algo que passa de pai para filho…
As posições de destaque são conquistas cheias de dedicação e suor. São anos de batalha, treino e estudo! Nesse processo de poucos dias visitei alguns locais importantes: o barracão da Protegidos durante a entrega de fantasias, a passada de som da bateria na avenida e o último ensaio geral da escola no Largo da Alfândega. Foi uma experiência incrível. Algo que risquei da lista do que fazer antes de morrer e inclui a lista das coisas que quero repetir, simples assim!
As cenas de que eu mais gostei de “documentar” foi o antes e o depois do desfile. Parecia que cada segundo era um grande momento! Por várias vezes eu queria ser mais de uma pessoa para não perder nada!
E quando o último componente cruzou a linha de chegada algo mágico aconteceu: todo mundo chorou, sambou e se emocionou! Tive a impressão de que o sentimento que os integrantes sentem pela escola é inexplicável, é mais que paixão… com certeza! Obrigada por essas cenas, queridos!
Não levaram o título de campeã desse ano de 2017, mas sem dúvidas, deram um show!
Para matar a saudade… Com vocês, “Os Protegidos da Princesa” ao som do samba enredo: Arapaço – O mito do povo cobra!
Foram muitas imagens, por isso fiz uma pequena seleção dos dias que eu tive a oportunidade de fotografá-los. Espero que gostem.
Para visualizar todas as imagens na íntegra, basta acessar este link: https://rlarroyd.pixieset.com/carnaval2017 (as fotos ficarão disponíveis aqui temporariamente).
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