Reconstruir, reparar, adaptar, e acreditar, são alguns dos subsídios que nos ajudam a voltar sonhar, amar, e até mesmo revolucionar.
Eu sempre mando algumas perguntas por email para meus clientes sobre suas melhores memórias, mas só depois de fazer uma ligação com a pessoa é que começo então a procurar um local onde os elementos visuais possam conectar com a história de vida daquela pessoa. No caso da Carol, vai soar um tanto clichê, mas ela é um exemplo vivo do ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
As pedras nascem por meio da erosão, que nada mais é do que um processo de desgaste. A escolha desse lugar veio do pensamento de que, mesmo depois de todos os obstáculos que ela enfrentou, a Carol finalmente está conseguindo encontrar os caminhos do amor próprio, reconhecer as marcas e olhar para as cicatrizes, e aos poucos deixar com que o elemento água consiga dissolver toda essa rigidez que foi implantada em seu corpo pelos outros de forma tóxica.
Nossa amizade, que começou em 2005 em um intercâmbio na Alemanha,
acabou se distanciando por conta das loucuras da vida, fazendo com que perdéssemos completamento o contato. Mas foi em uma visita à Floripa, que a princípio era apenas para ser um momento de curtição com os amigos, que Ilha da Magia conseguiu conquistar mais esse coração, e ela decidiu ficar. – “Eu pertenço a esse lugar”. E assim acabamos nos encontrando para um almoço, depois dela ter me mandado uma DM pelo insta.
Carol, que alegria poder fazer parte dessa evolução. Que a luta de uma mulher seja sempre motivo de orgulho, e que tenhamos a consciência de que perder também é ganhar.
